Estudantes do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, em Aracaju, estão desenvolvendo um projeto de checagem de informações, intitulado Observatório Internacional da Notícia. A iniciativa, realizada em parceria com estudantes da Universidade Federal de Sergipe, visa estimular os alunos a disseminar informações corretas e combater notícias falsas.
Segundo o coordenador do projeto, Yuri Norberto, primeiro os participantes aprendem a técnica de monitoramento de informações, selecionam notícias extraídas das redes sociais e, em seguida, produzem apurações e checagens com base nos componentes curriculares do Ensino Médio Integral.
“Dentro das propostas pedagógicas multidisciplinares do modelo, essa iniciativa procura ensinar competências essenciais para a convivência em sociedade. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), um dos objetivos da educação básica é qualificar os alunos para o exercício da cidadania. Então, como a escola pode pautar o tema na sociedade? Penso que um dos caminhos é falar, mas também ouvir os jovens sobre problemas que os afetam”, disse .
Para o estudante do 3º ano do ensino médio, Rafael Souza Gama, o trabalho, além de se conectar a outras atividades curriculares e engajar a participação dos alunos, tem exercido um grande impacto em sua visão para o futuro. “Estudar e compreender a polarização das fake news nos proporciona trabalhar com a verdade e nos comunicar de forma ética e coesa com o mundo”, falou.
“Acredito que o observatório é uma ferramenta de extrema relevância na atualidade, principalmente por florescer nos jovens o lado protagonista, que compreende seu lugar na sociedade e a forma como pode utilizar a internet para trabalhar assuntos importantes para o presente e o futuro”, disse a aluna do 2º ano, Maria Eduarda Feitosa.
De acordo com o aluno do 3º ano, Pedro Daniel Vasconcelos, que deseja seguir carreira na educação, a iniciativa se conecta com o projeto de vida dele. “Ao aprofundar o conhecimento sobre as fake news, sei que também estarei me preparando para ser um profissional que no futuro saiba reconhecer uma informação falsa e não repasse isso aos alunos, ou melhor, os ensine a checar as notícias também”.