Conforme apresenta o coach empresarial Marcelo Salgueiro Bruno, o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) desempenha um papel vital na assistência médica, fornecendo cuidados críticos a pacientes em situações de emergência antes de chegarem ao hospital. A avaliação primária e secundária são dois pilares fundamentais do processo de triagem e tratamento durante uma intervenção de APH. Embora pareçam ser procedimentos simples, essas avaliações desempenham um papel crucial na identificação de condições que requerem atenção imediata e na determinação das melhores medidas a serem tomadas para salvar vidas.
Avaliação primária
A avaliação primária é o primeiro passo no atendimento a um paciente no cenário de emergência. Como evidencia o coach no segmento de gestão de pessoas Marcelo Salgueiro Bruno, seu principal objetivo é determinar a gravidade da condição do paciente e identificar qualquer ameaça imediata à vida. Esse processo segue uma abordagem sistemática, frequentemente lembrada pela sigla ABCDE:
- A: Via aérea: Verifica-se se a via aérea do paciente está desobstruída. Qualquer obstrução deve ser tratada imediatamente para garantir a respiração adequada.
- B: Respiração: Avalia-se a respiração do paciente, observando se ela está ocorrendo de forma regular e se a taxa respiratória está dentro dos parâmetros normais. Em caso de dificuldades respiratórias, medidas como ventilação artificial podem ser necessárias.
- C: Circulação: Verifica-se a presença de pulso e a qualidade da circulação sanguínea. Se necessário, inicia-se a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e outras intervenções para estabilizar a circulação.
- D: Disability (Disfunção neurológica): Avalia-se o estado neurológico do paciente, verificando a consciência, a resposta motora e a pupila. Isso ajuda a identificar possíveis lesões no cérebro ou no sistema nervoso central.
- E: Exposição: O paciente é completamente exposto para verificar possíveis ferimentos, hemorragias ou outras condições que precisam ser tratadas.
Avaliação secundária
Após a avaliação primária, a avaliação secundária é realizada com mais detalhes. Como comenta o professor de APH e primeiros socorros Marcelo Salgueiro Bruno, este estágio visa identificar todas as lesões e condições que não representam uma ameaça imediata à vida, mas que exigem tratamento posterior. A avaliação secundária é mais abrangente e pode incluir:
- História do paciente: Obtém-se informações adicionais sobre a saúde do paciente, histórico médico e eventos que levaram à situação de emergência.
- Exame físico completo: Examina-se o paciente em busca de lesões ocultas ou não detectadas durante a avaliação primária.
- Medições vitais: Monitora-se a pressão arterial, a frequência cardíaca, a temperatura e a saturação de oxigênio para obter uma imagem mais completa do estado do paciente.
- Tratamento das condições não ameaçadoras à vida: Lesões menores, dor e desconforto são tratados durante essa fase.
Por fim, como alude Marcelo Salgueiro Bruno, a avaliação primária e secundária são elementos essenciais do Atendimento Pré-Hospitalar, permitindo que os profissionais de saúde determinem a prioridade do tratamento e forneçam os cuidados necessários de maneira eficaz. Esses processos sistemáticos e detalhados ajudam a salvar vidas, garantindo que as intervenções sejam direcionadas para as ameaças imediatas à vida, ao mesmo tempo em que identificam condições menos graves que também requerem atenção. Em conjunto, a avaliação primária e secundária formam a base para um atendimento de emergência eficaz e compassivo.